O futebol goiano guarda em sua memória uma das histórias mais polêmicas e controversas: a final do Campeonato Goiano em que a Associação Atlética Anapolina venceu o Goiás Esporte Clube em campo, mas acabou perdendo o título nos bastidores, no chamado “tapetão”. Este episódio, até hoje, é lembrado como a maior injustiça já sofrida pelo futebol anapolino.
O Contexto da Final
A temporada era marcada pela expectativa de uma grande decisão. A Anapolina, também conhecida como Xata, vinha de uma campanha sólida, conquistando a admiração de torcedores pela garra e qualidade técnica de seus jogadores. Do outro lado, o Goiás Esporte Clube, tradicional força do estado, buscava mais um título para sua galeria.
No confronto decisivo, a Anapolina mostrou superioridade. Com um desempenho tático impecável e muita determinação, a equipe venceu a partida final, levando os torcedores ao delírio e garantindo, no campo, o título estadual. Era um feito histórico para a cidade de Anápolis e seus apaixonados torcedores.
O Golpe do Tapetão
No entanto, a alegria durou pouco. Dias após o encerramento do campeonato, o Goiás entrou com uma ação no Tribunal de Justiça Desportiva de Goiás (TJD-GO), alegando irregularidades administrativas na escalação de um jogador da Anapolina. A denúncia, que muitos acreditam ter sido motivada por pressões externas e interesses políticos, culminou na anulação do título conquistado em campo.
A decisão do TJD-GO transferiu o título para o Goiás, gerando revolta e indignação não apenas entre os torcedores da Anapolina, mas em grande parte da comunidade esportiva. A cidade de Anápolis sentiu-se traída e injustiçada, vendo o esforço de sua equipe ser ignorado em prol de uma decisão questionável.
O Impacto no Futebol Anapolino
O episódio marcou profundamente a história da Anapolina e do futebol anapolino como um todo. Até hoje, torcedores e analistas esportivos relembram o ocorrido como um símbolo de desigualdade e injustiça no esporte. A perda do título no “tapetão” não apenas privou a Anapolina de uma conquista legítima, mas também abalou a confiança na imparcialidade do sistema desportivo estadual.
Para muitos, o episódio reflete a dificuldade de clubes do interior competirem em pé de igualdade com as grandes forças da capital. Mesmo com os anos, a memória da “injustiça do tapetão” permanece viva, sendo motivo de debate e indignação entre os amantes do futebol em Goiás.
O Legado de Resistência
Apesar do episódio amargo, a Anapolina seguiu em frente, mantendo sua relevância e lutando para honrar sua história no futebol goiano. Para seus torcedores, a verdadeira conquista daquele campeonato está gravada na memória coletiva e não pode ser apagada por decisões burocráticas. A final de 1983 não foi apenas um jogo, mas um marco de luta e resistência de um clube que, mesmo diante das adversidades, segue sendo motivo de orgulho para Anápolis.
Em 1981, a Associação Atlética Anapolina alcançou destaque ao sagrar-se vice-campeã da Taça de Prata (atual Série B do Campeonato Brasileiro). A equipe base que disputou essa competição era composta por:
- Goleiro: Nílson
- Defensores: Assis (substituído por Wilson Santos em algumas partidas), Ribas, Sidnei e Nilton
- Meio-campistas: Paulo Sérgio, Mário e Nei
- Atacantes: Jorge Cruz, Osmário e Esquerdinha (com Rodrigues entrando no decorrer de alguns jogos)
O técnico responsável por comandar a equipe durante a Taça de Prata foi Marcius Fleury.
Além disso, a Anapolina também se destacou no Campeonato Goiano de 1981, chegando à final contra o Goiás. Embora tenha obtido resultados favoráveis em campo, a equipe perdeu o título devido a uma decisão nos tribunais, relacionada à escalação irregular do meia Osmar Lima.
A formação que atuou no estadual apresentava algumas variações em relação à da Taça de Prata, com jogadores como Jorge Cruz, Sávio e Rodrigues ganhando destaque no ataque.
Essas campanhas de 1981 são lembradas como momentos marcantes na história da Anapolina, consolidando a equipe como uma força significativa no futebol goiano e nacional.


Em tempo:
Nesta edição do campeonato goiano ainda era computado 02 pontos por vitória. Me lembro que a “xata” tinha 09 pontos de vantagem sobre o Goiás na final.a “rubra” jogaria, como era o regulamento,podendo perder os tres jogos da final e sairia campeo sobrando por pontos.foi o time campeão moral mas derrotado por interesses politicos.